Vladimir Putin 1 X 0
Barak Obama
por Finian Cunningham
tradução mberublue
14 de novembro de
2015 – "Information
Clearing House" - "Sputnik"
– Não acabou… ainda. Mas não se pode
negar que seis semanas atrás o Presidente Vladimir Putin fez o até agora mais
audacioso, o principal movimento, com a intervenção militar na Síria, cujo
resultado até aqui é uma retumbante vitória.
Com o poder aéreo russo eliminando centenas de alvos entre os terroristas apoiados pelo estrangeiro, o exército sírio (Syrian Arab Army – SAA) está apertando cada vez mais decisivamente o inimigo.
Os últimos ganhos de terreno pelas forças governamentais, que conseguiram liberar uma base aérea em posição estratégica importantíssima (Kuweires – NT) perto da cidade de Aleppo, no norte do país, assim como o terreno em torno do cerco montado pelos terroristas está provando dia a dia que Putin estava certo em sua intervenção.
A Síria estava em perigo cada vez maior devido a ameaça dos Jihadistas Wannabe, depois de cerca de um ano e meio de bombardeios da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o assim chamado Estado Islâmico. Bastaram seis semanas de bombardeios aéreos russos e os mesmos mercenários agora estão fugindo. O inimigo está em retirada desordenada.
Lembramos
perfeitamente que quando Moscou ordenou apoio militar para a Síria para derrotar
os terroristas, o Presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, imediatamente
verberou contra Putin pelo movimento, dizendo que ele estava “destinado a
falhar”.
Já na última
semana, o Secretário da Defesa dos EUA, Ashton Carter acusou Putin de estar “jogando
gasolina” na fogueira síria, predizendo que a intervenção russa poderia levar a
mais terrorismo.
Bom. Como poderiam eles estar mais errados? Longe de falhar ou jogar gasolina, a Rússia está colocando a Síria novamente em pé e ajudando o exército sírio a salvar o país da chaga do terrorismo.
A última e grande vitória estratégica das forças estatais sírias contra o Estado Islâmico e sua incrível mistura de jihadistas variados, entre os quais se pode incluir os assim chamados “rebeldes moderados” prova algumas coisinhas.
Primeiro, Putin fez a
coisa certa. E foi um movimento de coragem porque havia o
risco de que a Rússia viesse a se ver afundada em um pântano no estilo
Afeganistão, como Obama e outros “analistas” saíram excitadamente prevendo
(querendo).
Segundo, as
vitórias alcançadas nesta semana pelo exército da Síria no terreno em volta de
Aleppo contra os Jihadistas também demonstram que, ao contrário das afirmações
iniciais do ocidente, os bombardeios russos eram, desde quando começaram há
cerca de um mês e meio, dirigidos apenas contra a rede terrorista. A base aérea
de Kuweites estava sob o cerco do Estado Islâmico e suas legiões de terroristas
há dois anos. Não há como negar o fato, mesmo pela imprensa ocidental doentiamente
mentirosa e sua máquina de propaganda enganosa.
A lei
internacional foi integralmente respeitada na intervenção da Rússia, porque
houve um pedido do governo soberano da Síria, que precisava de ajuda contra os ataques
de grupos terroristas, como a Rússia sempre afirmou sobre os motivos de sua
intervenção, desde o começo.
À medida em que o
Estado Islâmico e outros grupos terroristas fogem de Aleppo, Idlib, Homs, Hama,
Leste de Ghouta e outros locais procurando por abrigo, a imprensa ocidental tem
espasmos contorcionistas para explicar o que acontece, já que deu sempre a versão ilusória de
que a Rússia estava atacando apenas os “rebeldes moderados” em vez de grupos
terroristas.
No encontro entre
Putin e Obama que acontecerá na próxima semana na reunião de cúpula do G20 na
Turquia, o líder russo deveria se lembrar de ter em seu bolso alguns
guardanapos.
Porque haverá
sério perigo de que Obama tenha ovos metafóricos escorrendo pelo seu rosto.
Anteriormente,
quando os líderes mundiais se encontraram durante a Assembleia Geral das Nações
Unidas no final de setembro, acredita-se que Putin tenha conversado com Obama
durante um encontro privado e lhe dito que deveria parar de palhaçadas na Síria
e juntar-se em um esforço sério para derrotar os terroristas naquele país. Afinal
de contas, é ou não é o que os (norte)americanos e seus aliados diziam que
estavam fazendo no último ano e meio?
Dois dias depois do encontro em Nova Iorque, Putin fez seu movimento decisivo e
ordenou aos seus aviões de guerra que desfizessem os círculos de terror que
assolam a Síria por mais de quatro anos. Obama blefou e Putin pagou para ver.
Não tiveram coragem
de aceitar o desafio de Putin.
Ao invés, os
(norte)americanos e seus minions ocidentais tentaram por todas as maneiras
minar a intervenção russa, através dos
truques sujos de mídia que conhecem tão bem, mentindo para tentar manchar os
esforços russos através de acusações de mortes entre civis e bombardeios contra
os fictícios “rebeldes moderados” e hospitais, mesmo quando os Estados Unidos
comprovadamente bombardearam um hospital dos Médicos Sem Fronteiras no Afeganistão,
matando médicos e dezenas de civis, repetindo o feito no Iêmen, através de sua
coalizão com a Inglaterra e Arábia Saudita.
As vitórias do Exército
Árabe da Síria agora estão começando a ganhar impulso – e em grande medida,
isso se deve ao apoio decisivo de Putin para a Síria. O povo em Damasco e
outras regiões do país, cidades e vilas, estão começando a comemorar um alívio
esperado há muito tempo do flagelo terrorista bancado pelo exterior que assola
e aflige a nação.
Agora, começa a haver a possibilidade de uma abertura para uma resolução legitimamente política para o conflito que já tirou 250.000 vidas e transformou em refugiados metade da população do país. Mas essa abertura só foi possível graças ao apoio militar da Rússia para a Síria.
É claro que não
podemos esquecer a razão pela qual Obama e outros líderes ocidentais se recusaram a
juntar-se à Rússia na sua campanha anti terror na Síria e porque eles tentaram
a todo momento prejudicar Putin. Os governos ocidentais e sua mídia corporativa
têm sido cúmplices dedicados de uma conspiração terrorista engendrada para desestabilizar e derrubar a nação síria. Estiveram até agora enterrados até o
pescoço na alimentação e financiamento de uma guerra terrorista secreta contra
o Estado Soberano da Síria, violando completamente as leis internacionais. Como
poderiam esses desonestos fazedores de guerra e financiadores do terrorismo
apoiar a Rússia?
Os quatro anos de Guerra
na Síria, foram transformados desde o início pelos governos ocidentais e sua
imprensa vil, em uma paródia cruel. Uma nação inteira foi desde o início colocada
de joelhos porque os terroristas financiados pelo ocidente massacraram o país.
Temos testemunhado um dos maiores crimes cometidos nos tempos modernos, todos
eles com o envolvimento dos governos ocidentais, suas imprensas mentirosas e seus
vassalos regionais, incluindo a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, Israel e
a Turquia, um membro na OTAN.
A incisiva
intervenção militar russa na Síria é uma Stalingrado moderna. Um complexo
maligno de forças criminosas que vão desde governos ocidentais até seus
fantoches terroristas no terreno – está sendo derrotado.
Enquanto isso,
risivelmente, nesta semana a imprensa ocidental fez um estardalhaço danado com
manchetes mancas sobre supostos abusos de drogas por esportistas russos. Tudo
bem se a analogia para os acontecimentos for o esporte. Excelente. Para o
resultado final o que importa é o seguinte: na defesa contra o terrorismo
internacional bancado pelo ocidente na Síria o placar está assim: Rússia 1 X 0
Ocidente.
O Time Putin está preponderando inapelavelmente sobre o Time Obama. Já é tempo de Obama deixar o campo e tomar um banho frio.
Finian
Cunningham - nasceu em Belfast,
Irlanda do Norte, em 1963. Especialista em política internacional. Autor de
artigos para várias publicações e comentarista de mídia. Recentemente foi
expulso do Bahrain (em 6/2011) por seu jornalismo crítico no qual destacou as
violações dos direitos humanos por parte do regime barahini apoiado pelo
Ocidente. É pós-graduado com mestrado em Química Agrícola e trabalhou como
editor científico da Royal Society of Chemistry, Cambridge,
Inglaterra, antes de seguir carreira no jornalismo. Também é músico e
compositor. Por muitos anos, trabalhou como editor e articulista nos meios de
comunicação tradicionais, incluindo os jornais Irish Times e The
Independent. Atualmente está baseado na África Oriental, onde escreve um
livro sobre o Bahrain e a Primavera Árabe.
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