Hipótese de Paris
confirmada + estratégia do medo
Tradução do Coletivo
Vila Vudu
É só um preâmbulo
antes da Cúpula de Guerra do G-20 em Antalya.
Assumindo que o
autor tenha sido ISIS/ISIL/Daesh/Estado Islâmico: que perfeito golpe para
arrumar briga e atrair o inimigo para seu campo de batalha.
...
Atacaram a Rússia,
via o avião da Metrojet.
Atacaram o
Hezbollah – e indiretamente o Irã – com as bombas em Beirute. Quer dizer:
ataque contra os "4+1" (Rússia, Síria, Irã, Iraque, plus Hezbollah).
E atacaram a OTAN
no coração de Paris (Hollande: "ato de guerra" implica ataque contra
todos os membros da OTAN. Por incrível que talvez pareça, também contra a
Turquia).
É preciso sem
muito mais que mauzão, para sustentar guerra em todos esses fronts.
No que tenha a ver
com ISIS/ISIL/Daesh/Estado Islâmico, parece além de suas capacidades; parece
demais, mesmo para os lucros do contrabando de petróleo e o que lhe pagam
generosos 'doadores' sediados no Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). Para
ação desse tipo, é preciso contar com uma rede profissional de inteligência
para cobrir a retaguarda.
Falando nisso,
minha hipótese de trabalho parece já estar OFICIALMENTE CONFIRMADA: a
inteligência francesa trabalha com uma célula de perpetradores retornados da
Síria. (E o passaporte sírio encontrado num dos matadores é, quase com certeza,
falso.)
Por que, diabos, a
'inteligência' não soube do que estava sendo planejado há semanas, talvez
meses? Tinham de ter sabido. De fato, não é só grave falha da inteligência: é,
mais, impotência do governo francês, que não sabe operar com informação de
inteligência. Falha, seja como for.
Mas... e o que
quer o ISIS/ISIL/Daesh/Estado Islâmico?
– Quer que as
capitais ocidentais vivam em estado de medo. E
– quer atrair
coturnos ocidentais para o solo sírio.
Seria uma dádiva
dos céus: os "Cruzados"[1] voltam para nos
atacar, mais uma vez. Fácil imaginar que a empresa de recrutamento e seleção de
pessoal Jihad Inc. ficaria milionária.
O único modo
factível de acabar com eles, devagar mas com certeza, é mediante a ação
conjunta dos "4+1" – Exército Árabe Sírio, iranianos do CGRI e
combatentes do Hezbollah, com cobertura pela Força Aérea Russa – além de
curdos, PKK, YPG, até os Peshmerga.
"Coalizão
internacional ampla" para combater ISIS/ISIL/Daesh/Estado Islâmico é
ótimo. Mas Turquia, Arábia Saudita e Qatar sentados à mesa na encenação de
Viena, é piada. (Estou ouvindo Lavrov em Viena, enquanto escrevo aqui.)
Pelo menos, Kerry
afinal concordou com Lavrov e parou de repetir que a Frente al-Nusra, também
conhecida como al-Qaeda na Síria, são terroristas, não "rebeldes
moderados".
A lista com os dez
grupos terroristas Top Ten (tema do meu artigo publicado hoje cedo
em Asia Times, "And here’s the top 10 terrorist list", 13/11/2015, Pepe Escobar [em tradução]) será
levada ao Conselho de Segurança da ONU.
Agora, falta saber
dos coturnos da OTAN em solo. Principal item da agenda em Antalya, com certeza.
É TUDO QUE O DAESH MAIS DESEJA.
Pepe Escobar
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