Os
acontecimentos que precederam os ataques do Estado Islâmico na França – alguns links
(atualizados)
Moon of Alabama
tradução por mberublue
Os
acontecimentos da noite passada: Ao menos 120 mortos nos ataques em Paris e Hollande declara estado de emergência.
Atiradores e ataques à bomba em restaurantes, uma
sala de concerto e um estádio esportivo em vários locais de Paris nesta xeta
feira mataram pelo menos 120 pessoas em uma onda de violência mortal que um abalado
presidente Hollande chamou de ataque terrorista sem precedentes.
Imediatamente, o Estado Islâmico se afirmou responsável pelos ataques.
Mas quem, afinal, armou e financiou o
Estado Islâmico e outras organizações antes dele na Síria e no Iraque, que tornaram
estes ataques terroristas possíveis? O cartoon abaixo se justifica?
Analise o que segue:
O presidente francês admitiu ter entregue armas aos
rebeldes sírios durante o período de embargo da União Europeia, revela um novo
livro a ser publicado na França.
As entregas aconteceram em 2012, antes
do fim dos embargos, que só foram cancelados em maio de 2013, de acordo com a
última entrevista daquele ano de François Hollande para o jornalista e escritor
Xavier Panon.
“Nós só começamos a fazer as entregas quando tivemos a certeza de
que as armas iriam parar nas mãos certas. Porque as armas que nossos serviços
entregaram, eram armas letais”, disse Hollande ao escritor...
Outubro de 2012 – Afirma-se que o fluxo de armamento para a Síria beneficia apenas Jihadistas e não os rebeldes.
WASHINGTON – A maioria do armamento que a Arábia
Saudita e Qatar enviam para abastecer os rebeldes que combatem o governo de
Bashar Al Assad estão indo parar nas mãos de islâmicos radicais e não com os
grupos seculares de oposição bancados pelas potências ocidentais, de acordo
tanto com oficiais (norte)americanos quanto com diplomatas do Oriente Médio.
A França está surgindo como o mais proeminente apoiador
da oposição armada na Síria e agora, partiu para o financiamento de grupos
rebeldes ao redor de Aleppo como parte de um
renovado esforço para derrubar o governo Assad, já em dificuldades.
Grandes somas de dinheiro foram
entregues através de agentes do governo francês através da fronteira turca,
para os comandantes rebeldes no mês passado, como confirmaram fontes
diplomáticas. O dinheiro seria usado para comprar armas dentro da Síria e para
financiar operações armadas contra as forças legalistas.
O presidente Francês François Hollande disse na
quinta feira que a França entregou armas aos rebeldes em luta contra o regime
de Bashar Al Assad na Síria “alguns meses atrás”.
Novembro de 2015 – Murad Gazdiev @MuradoRT
Foguetes franceses APILA entregues para os rebeldes
da #síria caem nas mãos do #ISIS. Fotos de #Deraa, Sul da #Síria 12:09 PM – 06 de
novembro de 2015
(D)uas das mais bem sucedidas facções
em luta contra as forças de Assad são grupos extremistas islâmicos: Jabhat
al-Nusra e o Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS, na sigla em inglês – NT), o último dos quais está ganhando terreno no Iraque e
ameaçando desestabilizar futuramente a região inteira. E este sucesso todo
se deve em parte ao apoio recebido de dois países do Golfo Pérsico: Qatar e
Arábia Saudita.
A generosidade military e econômica do
Qatar pavimentou o caminho da Jabhat al-Nusra, a ponto de que um oficial do
Qatar me disse que poderia identificar os comandantes da al-Nusra apenas pelo
conhecimento de qual parte de que cidade na Síria eles estavam controlando. Mas
o Estado Islâmico é outro assunto. Conforme um alto oficial do Qatar afirmou “o
ISIS é um projeto saudita”.
A França obteve benefícios por seu
apoio aos projetos de mudança na Síria dos regimes Estados Unidos/Wahhabi
através de grandes encomendas de equipamento militar para os regimes medievais
Wahhabitas:
Abril de 2015 – A França e o Qatarfecham negócio de $7 bilhões de dólares para o avião de guerra Rafale.
O governo francês afirmou na quinta feira que O Qatar concordou com a compra de 24 aviões
Dassault/Rafale, em negócio de 6.3 bilhões
de euros, porque o governo do país árabe quer aumentar seu poder de fogo
militar em uma região cada vez mais instável.
Junho de 2015 – Arábia Saudita e França assinam acordo de 12 bilhões de dólares.
A França e a Arábia
Saudita concordaram em negócios que totalizam 12 bilhões de dólares, disse
o Ministro de Relações Exteriores saudita, Adel Al-Jubair durante uma histórica
visita do Príncipe Mohamed bin Salman a Paris.
Mesmo depois que se tornou óbvio para
qualquer um que o projeto de mudança de regime na Síria levava apenas ao
crescimento e fortalecimento do terrorismo Hollande continuou exigindo o fim da Síria como Estado.
Setembro de 2015 – O Presidente francês, François Hollande, disse que Assad tem que sair.
O presidente da França, François Hollande disse na
Assembleia Geral da ONU no domingo que seu país “assumiria as responsabilidades”
nos esforços globais para dar um fim aos conflitos na Síria, mas afirmou que o
conflito só pode terminar se o Presidente Bashar Al Assad for removido do
poder.
E agora, Hollande pode mudar o tom?
Moon of Alabama -
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