sábado, 14 de novembro de 2015

Os acontecimentos que precederam os ataques do Estado Islâmico na França – alguns links (atualizados)
        


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Moon of Alabama        
tradução por mberublue         



Atiradores e ataques à bomba em restaurantes, uma sala de concerto e um estádio esportivo em vários locais de Paris nesta xeta feira mataram pelo menos 120 pessoas em uma onda de violência mortal que um abalado presidente Hollande chamou de ataque terrorista sem precedentes.

Mas quem, afinal, armou e financiou o Estado Islâmico e outras organizações antes dele na Síria e no Iraque, que tornaram estes ataques terroristas possíveis? O cartoon abaixo se justifica?


Analise o que segue:


O presidente francês admitiu ter entregue armas aos rebeldes sírios durante o período de embargo da União Europeia, revela um novo livro a ser publicado na França.

As entregas aconteceram em 2012, antes do fim dos embargos, que só foram cancelados em maio de 2013, de acordo com a última entrevista daquele ano de François Hollande para o jornalista e escritor Xavier Panon. 

“Nós só começamos a fazer as entregas quando tivemos a certeza de que as armas iriam parar nas mãos certas.  Porque as armas que nossos serviços entregaram, eram armas letais”, disse Hollande ao escritor...


WASHINGTON – A maioria do armamento que a Arábia Saudita e Qatar enviam para abastecer os rebeldes que combatem o governo de Bashar Al Assad estão indo parar nas mãos de islâmicos radicais e não com os grupos seculares de oposição bancados pelas potências ocidentais, de acordo tanto com oficiais (norte)americanos quanto com diplomatas do Oriente Médio.


A França está surgindo como o mais proeminente apoiador da oposição armada na Síria e agora, partiu para o financiamento de grupos rebeldes ao redor de Aleppo como parte de um renovado esforço para derrubar o governo Assad, já em dificuldades.

Grandes somas de dinheiro foram entregues através de agentes do governo francês através da fronteira turca, para os comandantes rebeldes no mês passado, como confirmaram fontes diplomáticas. O dinheiro seria usado para comprar armas dentro da Síria e para financiar operações armadas contra as forças legalistas.


O presidente Francês François Hollande disse na quinta feira que a França entregou armas aos rebeldes em luta contra o regime de Bashar Al Assad na Síria “alguns meses atrás”.

Novembro de 2015 – Murad Gazdiev @MuradoRT
Foguetes franceses APILA entregues para os rebeldes da #síria caem nas mãos do #ISIS. Fotos de #Deraa, Sul da #Síria 12:09 PM – 06 de novembro de 2015




(D)uas das mais bem sucedidas facções em luta contra as forças de Assad são grupos extremistas islâmicos: Jabhat al-Nusra e o Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS, na sigla em inglês – NT), o último dos quais está ganhando terreno no Iraque e ameaçando desestabilizar futuramente a região inteira. E este sucesso todo se deve em parte ao apoio recebido de dois países do Golfo Pérsico: Qatar e Arábia Saudita.

A generosidade military e econômica do Qatar pavimentou o caminho da Jabhat al-Nusra, a ponto de que um oficial do Qatar me disse que poderia identificar os comandantes da al-Nusra apenas pelo conhecimento de qual parte de que cidade na Síria eles estavam controlando. Mas o Estado Islâmico é outro assunto. Conforme um alto oficial do Qatar afirmou “o ISIS é um projeto saudita”.

A França obteve benefícios por seu apoio aos projetos de mudança na Síria dos regimes Estados Unidos/Wahhabi através de grandes encomendas de equipamento militar para os regimes medievais Wahhabitas:


O governo francês afirmou na quinta feira que O Qatar concordou com a compra de 24 aviões  Dassault/Rafale, em negócio de 6.3 bilhões de euros, porque o governo do país árabe quer aumentar seu poder de fogo militar em uma região cada vez mais instável.


A França e a Arábia Saudita concordaram em negócios que totalizam 12 bilhões de dólares, disse o Ministro de Relações Exteriores saudita, Adel Al-Jubair durante uma histórica visita do Príncipe Mohamed bin Salman a Paris.

Mesmo depois que se tornou óbvio para qualquer um que o projeto de mudança de regime na Síria levava apenas ao crescimento e fortalecimento do terrorismo Hollande continuou exigindo o fim da Síria como Estado.


O presidente da França, François Hollande disse na Assembleia Geral da ONU no domingo que seu país “assumiria as responsabilidades” nos esforços globais para dar um fim aos conflitos na Síria, mas afirmou que o conflito só pode terminar se o Presidente Bashar Al Assad for removido do poder.

E agora, Hollande pode mudar o tom?

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