Por Eric Zuesse
Traduzido pelo pessoal da Vila
Vudu
Dia
27/1/2015, o ministro de Defesa da Ucrânia divulgou que “militantes continuam a
sofrer perdas” e noticiou que quatro helicópteros e outras armas dos
“militantes” teriam sido destruídos em combate, mas não ofereceu qualquer prova
de que dizia.
Apenas dois
dias antes, o jornal Kiev Post (que também milita a favor de
Kiev) publicara notícia diferente:
Ucrânia
está escondendo pesadas perdas, enquanto avançam os combatentes apoiados pela
Rússia e que o segredo mais mal
guardado da Ucrânia: o exército ucraniano está divulgando números
artificialmente reduzidos de baixas.
Depois de
detalhar o que parece ser acintosa desatenção pelo governo de Kiev, pelo
bem-estar dos soldados que envia aos combates (inclusive ao instalar soldados
feridos em hospitais civis comuns, não preparados para tratar vários tipos de
seus ferimentos), a matéria fecha com um médico que diz:
Tudo está
mal em todas as frentes. Sim os soldados ainda permanecem em suas posições
dispostos a lutar. Mas não chega até eles nenhum tipo de apoio ou ajuda.
A agência
ucraniana de notícias RIAN noticiou com destaque, dia 26/1/2015:
Mobilização
em Dnipropetrovsk [governada pelo amigo da Casa
Branca e bilionário ucraniano-suíço-israelense Ihor Kolomoysky, cujo exército
pessoal de mercenário tinha, só ele, mais de 5 mil homens armados], fracassa,
com milhares de homens fugindo do alistamento. Funcionários encarregados de
alistar novos soldados reconhecem que será muito difícil levar adiante sua
tarefa.
Mais de
2.000 pessoas já alistadas não se apresentaram para o serviço: simplesmente
evaporaram.
Consequentemente,
o governo está “caçando”, “emboscando” (como diz o jornal), virtualmente todos
que buscam qualquer ajuda do governo, “mobilizando desempregados” e outros
“desesperados”. “Oficiais militares encarregados do alistamento reclamam” que
alguns alistados estão tão doentes que não têm absolutamente nenhuma condição
de combater.
Também dia
26/1/2015, o blog Fort Russ publicou que:
Comandante
de Azov se descontrola e declara a guerra “perdida”. Culpa todo mundo e diz que políticos e generais ucranianos
já perderam a guerra e que o ocidente não ajudou.
Eis o
cerne da declaração do comandante do Batalhão de Azov [batalhão de “punição”,
quer dizer, criado para castigar os residentes que se opõem ao governo na
região], e atualmente também Deputado ao Parlamento, Andrey Biletsky, em seu
“Discurso à Nação”.
Segundo
Biletsky, depois da ficção de “milhares de inimigos falsamente mortos e tanques
falsamente queimados, o despertar pode ser muito doloroso”, por causa da
decepção provocada pelas incontáveis mentiras do governo de Kiev. [1]
A agência
RIAN noticiou em manchete, dia 27/1/2015, “Situação no front e manifestações
contra o alistamento obrigatório” [orig. “The Situation at the Front and Riots
Against the Mobilization”] e Andrew Vajra, do site de notícias
“Alternative”, citou Biletsky: “Não estávamos preparados para o confronto
atual”.
Ao mesmo
tempo, os soldados ucranianos não dão sinal de disposição para arriscar a
própria vida para fazer valer o atual governo ucraniano [“governo de Kiev”, como
diz o presidente Putin, mais corretamente] (posto lá pelo golpe de Estado
orquestrado por Obama em fevereiro de 2014), e impô-lo contra a população da
região do Donbass, 90% da qual votou pelo fim do governo do homem de Obama. Os
moradores da região que ainda permanecem ali não têm nenhum interesse em
permitir que o governo “de Obama” os mate até o último homem ou mulher. Implica
dizer que a motivação entre os habitantes do Donbass que o governo de
Kiev-Obama está tentando matar é muito mais forte do que a motivação de
soldados regulares, do que resta do exército ucraniano, para matá-los.
Os únicos
homens armados realmente ansiosos para matar ucranianos são ucranianos nazistas
apoiadores de dois partidos nazistas (ou fascistas-racistas): o Partido “Liberdade”
(que foi rebatizado pela CIA, que entendeu que o nome anterior “Partido
Nacional-socialista”, como o partido de Hitler, não era adequado para os novos
tempos) e o Partido “Setor Direita” (Pravy Sektor).
Esses
partidos obtiveram parcela mínima de votos na Ucrânia – o que não impediu a
gangue de Obama de implantá-los no poder. Uma vez instalados no poder, fizeram
aprovar leis para mantê-los para sempre no governo.
Mas o
problema do governo da Ucrânia é que não há por lá nazistas em número
suficiente para defender o governo; e, também, que não há dinheiro suficiente
para alugar número suficiente de matadores para matar ucranianos em quantidades
suficientes que possibilite que o regime Obama-Ucraniano consiga (I) fazer a
limpeza étnica das terras do Donbass e (II) manter-se naquelas terras como
governo.
Os 90% dos
eleitores que votaram a favor do homem que Obama derrubou do governo (Viktor
Yanukovych) são muito mais numerosos e mais motivados – e estão presentes em
maioria equivalente também entre os soldados ucranianos.
Os
oligarcas dos EUA e da Ucrânia não estão conseguindo garantir dinheiro
suficiente para terminar o serviço, mas o grande “financista” de Obama, George
Soros, anda em vilegiatura pelo planeta tentando convencer contribuintes em
todo o ocidente a garantir o dinheiro que falta – falando em coisa entre 20 e
50 bilhões de dólares. Seus pedidos, até o momento, parecem estar caindo em
ouvidos moucos.
E essa é a
real razão pela qual está fracassando a guerra de Obama na Ucrânia: ninguém dá
mostras de interesse em manter ativada suficiente sanha assassina, nem a
Ucrânia nem o “ocidente”.
Não há
nazistas em número suficiente em lugar algum. Obama deu passo muito maior que
suas capacidades e competências quando, em fevereiro de 2014, derrubou o
presidente eleito Viktor Yanukovych.
Agora, das
duas, uma; e Obama já está, cada dia mais, obrigado a escolher: ou desiste do
governo anti-Rússia que impôs aos ucranianos, ou desiste, de vez, de controlar
o território do Donbass.
Nos dois
casos, o resultado cobrirá de embaraços a “potência indispensável” e o próprio
presidente Obama. Será talvez menos embaraçoso para Obama do que foi o fim da
Guerra do Iraque, para Bush. (Claro, os republicanos poderiam viver momentos de
glória proclamando que “Obama perdeu a Ucrânia”, embora tudo tenha começado
quando Obama tomou ilegalmente a Ucrânia — mas Republicanos jamais criticam
presidente por invadir ilegalmente outros países: é precisamente os que
Republicanos esperam de Republicanos).
Por outro
lado, pode acabar sendo ainda mais embaraços que isso, para Obama, caso ele
insista em ficar onde está e acabe envolvendo os EUA numa guerra nuclear contra
a Rússia.
Quanto ao
próprio governo ucraniano, foram postos no poder por Obama, em golpe de estado;
em seguida esse mesmo governo ucraniano pôs-se a promover ações de limpeza
“eleitoral”, separando os residentes no Donbass, de seus representantes
eleitos; por isso, os atuais membros do Parlamento e da administração ucraniana
não podem culpar nem Obama nem o próprio governo ucraniano. À falta de alguém
para culpar, estão culpando... Vladimir Putin e a Rússia – país que Obama (como
George Soros e muitos outros aristocratas norte-americanos) odeia(m). E país
odiado também pelo pessoal que Obama presenteou com o governo na Ucrânia.
Por tudo
isso, na 4ª-feira, 28/1/2015, a agência noticiosa RIAN distribuída
o “Texto Integral da
Petição para que a Rússia seja Reconhecida como País Agressor”,
e noticiava:
O
Parlamento Ucraniano tornou público o texto integral da Resolução n. 1.854,
pela qual o país apela à ONU, ao Parlamento Europeu, à Assembleia Parlamentar
do Conselho da Europa, à Assembleia Parlamentar da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN), à Assembleia Parlamentar da Organização de Segurança de
Cooperação da Europa (OSCE), à Assembleia Parlamentar de Geórgia, Ucrânia,
Azerbaijão, Moldávia (GUAM), e aos
parlamentos nacionais dos países do mundo, para que reconheçam a Federação
Russa como estado agressor.
Além do
mais, o jornal German Economic News noticiou que
a iniciativa do Parlamento fora aprovada pro “271 dos 289 deputados presentes”,
e que pode gerar “consequências legais internacionais”. A matéria do GEN também
dizia que líderes ucranianos dizem que “precisam obter urgentemente” novos
empréstimos da União Europeia porque, se não houver dinheiro “novo”, os
empréstimos existentes deixarão de ser pagos.
Os
comentários na página de comentários de leitores no website de GEN parecem
tender muito mais a ver o governo da Ucrânia como governo nazista, do que como
“vítima” da Rússia ou de qualquer outro país, muito menos como vítima dos
contribuintes europeus, os quais já deram muito ao governo ucraniano e serão
precisamente os menos a sofrer o “calote” da dívidas da Ucrânia, caso a Ucrânia
vá à bancarrota, como muitos esperam que aconteça em breve. Em outras palavras:
parece haver bem pouco apoio na Alemanha, à ideia de pôr ainda mais dinheiro na
Ucrânia.
Se os
líderes da União Europeia decidirem atender aos pedidos desesperados do governo
da Ucrânia, a União Europeia passará a contar com ainda menos apoio na
Alemanha, do que conta hoje. Portanto, o mais provável é que a União Europeia
rejeite o pedido de Kiev/Soros/Obama/nazistas [feito em nome de uma “Ucrânia” que já nem existe (NTs)], o que faz aumentar cada dia mais a ameaça que já pesa sobre a
própria existência da União Europeia.
Além do
quê, obviamente, a menos que a Kiev consiga os tais novos “empréstimos
ocidentais” para manter sua guerra contra os habitantes do Donbass, jamais
conseguirá vencer a tal guerra. É a maldição que pesa sobre o governo de Kiev.
Nota dos
Tradutores
[1] Todas essas mentiras foram e são diariamente reproduzidas pela
imprensa-empresa brasileira, aplicadas estações repetidoras das mentiras
distribuídas pelas agências norte-americanas e europeias de notícias propaganda
(por exemplo: em O Globo e
na Folha de S.Paulo). Não por
acaso, o Portal de Angola já
noticiava desde dezembro/2014 as pesadas baixas do “governo de Kiev” [como diz o presidente Putin].
Postado
por Roberto Pires Silveira.
Obrigado a
Redecastorphoto e ao Coletivo de Tradutores da Vila Vudu