quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Dois destacados promotores da 'Revolução Síria' caem fora          

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Tradução pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu                               



Dois destacados fãs e promotores do unicórnio conhecido como 'Exército Sírio Livre' [ing. FSA] e da tal 'revolução' deles estão caindo fora.




Desde o início da operação de 'mudança de regime' na Síria, Jenan Moussa, que trabalha para a Al-Aan TV sediada nos Emirados Árabes Unidos, foi a mais ardente fã dos 'rebeldes moderados'. A moça nunca se cansou daquelas reportagens de 'jornalismo incorporado', que de jornalismo pouco têm ou algum dia tiveram. E muito se vangloria de seus mais de 100 mil seguidores no Twitter.





Mas a sua lua de mel com o FSA parece ter chegado ao fim. Jenan Moussa finalmente reconhece que o Exército Sírio Livre não passa de serviço armado de pombo-correio entre a CIA e os Sauditas de um lado, e al-Qaeda e Estado Islâmico, do outro:




Jenan Moussa @jenanmoussa



Em Maarat Numan #Síria, foram impostos códigos rígidos de vestimenta para as mulheres. Regras semelhantes para Sirt,Timbuktu &Raqqa > 




Regras rígidas de vestimenta não foram impostas só em MaraatNuman, mas também na cidade de Idlib controladas pela coalizão Jihadista JaishFatah >




A campanha dos Jihadistas para implantar as regras rígidas de vestimenta em Idlib recebeu o título de "Meu véu é minha castidade" >




O Exército Sírio Livre em Hama & Idlib nada pode fazer contra as duras regras islamistas sobre vestimentas impostas pelo [grupo] Jaish alFatah, porque o Exército Sírio Livre é fraco e não controla território algum. >




Esse é grave problema para o Exército Sírio Livre em Hama/Idlib: Sim, Exército Sírio Livre ainda existe, mas não controla território algum. Se desobedecerem aos radicais, serão expulsos. >




Todos lembramos como os grupos Jamal Maruf & Hazem (ambos do Exército Sírio Livre apoiados pelo ocidente) foram destruídos pela al-Nusra (Al-Qaeda) quando "desobedeceram".>




Quer dizer: o Exército Sírio Livre em Idlib/Hama só tem quartel-general, sem território algum. Pior que isso: não tem tribunais: se membro do Exército Sírio Livre é apanhado em alguma infração, é julgado em tribunal da al-Qaeda (Frente Nusra) >




A Al-Qaeda (Nusra) permite que o Exército Sírio Livre opere em Hama/Idlib porque o Exército Sírio Livre recebe mísseis TOW, do ocidente. E o Exército Sírio Livre usa esses mísseis TOW no apoio à Nusra (al-Qaeda) etc. contra o Exército Árabe Sírio. <




Nada disso, claro, é novidade. Quando o jornalista alemão Jürgen Todenhöfer, que viajou ano passado a Síria e Iraque controlados peloISIS, foi perguntado sobre como os Jihadistas veem o Exército Sírio Livre, ele respondeu (vídeo):




Os Jihadistas só riem do Exército Sírio Livre. Não os levam a sério. Dizem que "O nosso melhor fornecedor/vendedor de armas é o Exército Sírio Livre. Sempre que recebem qualquer arma boa, logo aparecem para nos vender." O Exército Sírio Livre não é levado a sério. Aqueles terroristas só levam a sério uma pessoa: Assad. Claro que levam a sério as bombas. Não temem mais ninguém. E o Exército Sírio Livre não tem importância alguma.




Jabhat al-Nusra, al-Qaeda na Síria, está é muito feliz com toda a atenção dedicada ao Estado Islâmico, porque ajuda al-Nusra a desempenhar o papel de "os moderados". Em edição recente da revista da Frente al-Nusra, Al Risalah editada em inglês, lê-se o que diz um australiano, membro há muito tempo da al-Qaeda/Nusra, lá entrevistado:




"Umas das melhores coisas sobre o Estado Islâmico é que, antes, quando ouviam falar de "extremistas", as pessoas só pensavam em al-Qaeda e nosMujahideen (em geral); e pensavam nos que não fazem a Jihad, como "muçulmanos 'moderados'" (como se fossem o meio termo)," o australiano explicou. "Mas agora a verdade veio à tona – já sabem ver os Mujahideen como corretos e 'moderados', e o Estado Islâmico ficou com todos os extremistas."




Essa gente, os que impõem regras islamistas estritas de vestimentas para as mulheres em Idlib e castigam todos que lhes desobedeçam, é a mesma gente de quem os EUA falam, quando acusam os russos de estarem bombardeando posições dos "não ISIS" ou de "rebeldes moderados".




Outros dos propagandistas, há muito tempo, de 'mudança de regime' na Síria, muito ativos no Twitter, com cerca de 26 mil seguidores, são os The 47th. Pois ontem finalmente chegaram à seguinte conclusão:




The 47th @THE_47th



Não existe nenhum nome que tenha credibilidade, que reúna as incontáveis oposições sírias e que tenha alguma chance de derrotar Assad nas urnas.




Pura verdade. E essa é a razão pela qual os EUA jamais aceitarão plano algum que inclua eleições na Síria, com Assad candidato: porque sabem que ele será (re)eleito.

Moon of Alabama -


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