domingo, 25 de maio de 2014

Obama: procurado!

Acusar a China de Ciberespionagem é arrogância doentia.


por Norman Pollack – Information Clearing House

É como se as revelações de Edward Snowden nunca tivessem sido feitas, ou como se os EUA não tivessem cometido aqueles crimes de espionagem. No entanto, A G (Eric) Holder (1), do alto da pompa e majestade de seu cargo, declarou que a China estava empenhada em espionagem econômica criminosa contra os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o DOJ (2) emitiu cartazes de “procurados”, fotos e nomes de cinco oficiais do exército chinês, para que sejam eventualmente julgados na Pennsylvania por ciberataques contra corporações dos EUA e ao Sindicato dos Metalúrgicos. O que será que aconteceria se o Tribunal Criminal Internacional emitisse contra Barakl Obama um cartaz de “procura-se” por crimes de guerra, incluídos aí as intervenções, mudanças brutais de regimes e governos e assassinatos, juntamente com a Organização Mundial de Comércio (caso já não fosse vassala rasteira dos Estados Unidos) por exatamente a mesma acusação que Holder faz contra a China? Falando de forma simétrica, é como se um tribunal de Pequim emitisse intimações, juntamente com cartazes de “procurados” para cinco membros do OTNS (Obama Team National Security – Equipe de Obama para a Segurança Nacional), por exemplo: Clapper, Rice, Comey, Brennan e Dempsey... A chance de que os EUA concordem com eventual pedido de extradição deles é a mesma de que a China concorde com a extradição dos cinco acusados pelos Estados Unidos, em que pese serem oficiais de menor escalão que os americanos acima nomeados, na elaboração de qualquer política e em sua execução. Os cinco chineses parecem ter sido selecionados aleatoriamente, a não ser que os Estados Unidos tenha invadido seus computadores, ou infiltrado informantes (ou ambos) no Exército de Libertação Popular - PLA Unit61398 - (3). Mas esse é o ponto!


Holder
A G Holder não pode estar sendo sério sobre a possibilidade de que a China atenda suas ordens, ao anunciar, conforme reportagem de Spencer Ackerman a Jonathan Kaiman no jornal The Guardian em 20 de maio que “o governo dos Estados Unidos, pela primeira vez na história, tentaria trazer agentes de um governo estrangeiro ao seu território, para que respondam a acusações de infiltração em redes de computadores norte americanos com o fim de roubar dados que beneficiariam os competidores comerciais dos EUA.” A impressão e distribuição à “Velho Oeste” de cartazes com “procura-se” e fotos dos rostos dos chineses e banners trompeteando as acusações tamnbém não pode ser séria. Parece mais uma antagonização calculada contra o Governo Chinês objetivando a administração do avanço do confronto, tangenciando a estratégia para o Pacífico da administração Obama, sobre o envolvimento de forças militares, neste momento inicial de uma futura guerra total.

O assunto ciberguerra, pelo menos na forma apresentada por Holder e o Departamento de Justiça, é uma farsa.

Holder e o DOJ estão fazendo de tudo para ajudar aos militares que se aproximam cada vez mais de um conflito militar limitado, que pode vir a se tornar nuclear. Obama encorajou o rearmamento do Japão e apoiou suas pretensões sobre algumas ilhas rochosas, em sua turnê “Pacific Rim” pela Ásia. Combinou ainda manobras conjuntas com as Filipinas. Da mesma forma que os cartazes de “procurados”, todas essas são manobras provocatórias com o fito de atrair a China para a órbita do Poder Militar dos Estados Unidos, assim como já está sendo feito na Ucrânia, onde se procura atrair a Rússia a um confronto com o poder combinado dos Estados Unidos, OTAN e União Europeia.

Dessa forma, Obama está usando o pretexto da ciberespionagem, que pode ser também entendida como envolvendo objetivos governamentais, militares e econômicos, e assunto no qual o exército e as comunidades de inteligência americanas são mestres consumados, como um motivo falso para uma intervenção armada, ou pelo menos como uma oportunidade para enfraquecer a China. O problema é que os Estados Unidos estão montando no cavalo do lado errado, usando um truque estúpido de qualquer perspectiva que se olhe, desastroso, temerário, burro.


As acusações de guerra cibernética contra a China feitas por Holder: “a gama de segredos comerciais ... roubados ... é grande e exige uma resposta agressiva”, só pode ser compreendida em um contexto que leve em consideração a geopolítica americana em uma base global, e na qual a China substitui a Rússia como inimigo de primeira grandeza, isto é, com a exigência de uma resposta intensa, sintetizada em elementos econômicos e militares, que possibilite o isolamento, contenção e redução drástica do poder da China. O pivoteamento de Obama para a Ásia, talvez atualmente a única coisa transparente no governo americano, é uma estratégia multifacetada, para antagonizar deliberadamente a China, levando em seu bojo movimentos para um reajuste estrutural global que garanta a retomada pelos Estados Unidos da supremacia inconteste do mundo. Esse caminho aparece nítido ao observarmos as alianças militares firmadas no recente tour do presidente Obama à Ásia, e também no incentivo para o rearmamento do exército japonês, a estimulação do conflito entre as Coréias do Norte e do Sul. Combinado com esse caminho, temos ainda o TPP (TransPacific Partnership) o qual não se trata apenas de penetração do mercado mas a sua militarização, identificado estreitamente que está às dimensões militares dessa política.

Apesar das acusações proferidas por Holder, os líderes chineses, da mesma forma que Putin na Ucrânia parecem manter a calma, atitude que parece confirmar uma maior identificação a longo prazo, de uma política unificada que atenda aos interesses das duas nações (o que se confirmou com a tão esperada assinatura de um contrato da Gazprom para fornecimento de gás natural para a China por trinta anos, durante a visita de dois dias de Putin a Xangai).

O antagonismo dos Estados Unidos em relação à China tem facilitado reações em grande escala, senão vejamos: provocou a união entre China e Rússia depois de décadas de conflito político e ideológico entre Stalin e Mao, tornando possível uma das coisas que os EUA mais temem, que seja, um bloco eurasiano que torne plausível a criação de um centro de poder independente, em claro desafio à dominação unilateral dos Estados Unidos, e que prepare o terreno para o surgimento do que tenho chamado de um sistema mundial de poder multipolar.
É evidente que apenas os cinco Cartazes de “procurados” não têm o poder de alcançar todos os resultados acima descritos; a dinâmica desta confrontação já era longamente esperada, dada a realidade das fortes mudanças de desempenho e das políticas econômicas, e mais, a metamorfose da arquitetura do desenvolvimento econômico e da industrialização do Terceiro Mundo e as dificuldades para identificar o surgimento de poderes significativos ao seu próprio lado (Brasil, Índia, etc). Em sua arrogância e pelas próprias ações, os Estados Unidos determinaram a hora da mudança. De que outra forma poderia, por exemplo, a China ser tão bem sucedida na África e América Latina, no investimento e extração de recursos naturais, e no comércio em si mesmo?


Os cartazes de “procurados” apenas simbolizam a percepção obtusa que os EUA têm do mundo, tão lerdos que se deixam constantemente ultrapassar.

Daí, a vontade de brigar. Como Putin e Xi Jinping estão cuidando dos próprios negócios (trocadilho infame porém preciso, como mostrou o acordo do gás) isso acabou por enfurecer Obama, o Congresso e os militares, uma troika de espertalhões acostumados ao uso de pressões financeiras e comerciais, intervenções, intimidações e que ainda tem de reserva uma brutalmente atemorizante presença militar no mundo. Só que isso já não é mais o bastante para preparar o caminho que levaria ao sucesso do unilateralismo. Em resposta às afirmações e provocações geopolíticas dos Estados Unidos pelo mundo a fora, Putin e Xi Jinping estão agindo calmamente e parecem estar conseguindo a aprovação de suas ações em uma gama cada vez maior da liderança mundial, condição de amarga aceitação pelos Estados Unidos, que não querem aceitar e sequer ver o que está acontecendo. Em vez disso, tenta bancar um obscuro e não catalogado princípio psicológico de sua própria autoria: mostrar como óbvio o unilateralismo dos Estados Unidos e ostentando esse princípio fazer com que se pareça como uma profecia autorrealizável; quanto mais dura a sua postura e sua aparência de dureza, maior o respeito que talvez ela gere.

Acontece que esta psicologia de sofá está apoiada em um arsenal nuclear imenso, o que ajuda a entender a arrogância da forma com que os Estados Unidos acusa a China de ciberespionagem, modalidade na qual a NSA já ganhou a medalha de ouro e cujas práticas exigem a criação de um novo ramo da matemática apenas para mensurar sua escala e alcance, baseada em uma desculpa para chegar à sabotagem, escutas, transmissão de vírus. É tudo em nome da segurança nacional e contraterrorismo. A propósito da audácia dos movimentos encetados por Holder, os repórteres do jornal The Guardian escreveram: “mesmo considerando que durante todo este tempo houve suspeitas sobre o patrocínio do governo chinês quanto ao roubo de dados corporativos, durante anos, nunca antes os Estados Unidos acusaram formalmente quem quer que seja, nem a China nem outro governo. Porque agora?”

Suponho que talvez o declínio dos Estados Unidos, ainda inconsciente (não apenas globalmente, em termos de poder, mas também internamente com a redução da capacidade industrial de base, desmoronamento da infraestrutura, a paralisia em resolver qualquer tipo de problema, causado por políticas pensadas para criar e manter uma subclasse de subserviência urbana degradada e alienada, definindo assim a fragmentação das relações sociais e do humor nacional) esteja forçando o imperialismo militar a uma ação tipo “agora ou nunca!” No caso da China, com a deslocação da Rússia como principal adversário com uma Guerra Fria recarregada, a mentalidade norte americana é a de bater enquanto o ferro está quente, sendo o ferro neste caso os grupos de porta aviões e bombardeiros de longo alcance em posição, acompanhados de movimentos de tropas da Austrália, Filipinas, Japão, Malásia e talvez de outros lugares, seja lá onde se possa fazer o cerco para posterior tomada de posse.

A modéstia, bem como a justiça e a imparcialidade não tem lugar nos cálculos da guerra cibernética, e os Estados Unidos estão eles mesmos conduzindo sua própria espionagem econômica. Como escreveram Ackerman e Kaiman: “os documentos revelados por Edward Snowden mostram que a NSA teve como alvo a empresa petrolífera brasileira Petrobras, mesmo que a NSA insista através de seu Departamento de Defesa que ‘nunca esteve engajada em espionagem econômica de qualquer forma, incluso cibernética’” em uma declaração ao Washington Post. O importante a ser observado não é a negação óbvia feita pelo Pentágono e pela NSA, em contradição aos seus próprios documentos, mas a ênfase em que seja a espionagem econômica algo diferente e por conseguinte, legitimada por essa razão, em  face da espionagem militar e de inteligência. Os ciberataques dos Estados Unidos contra as instalações nucleares iranianas, o recrutamento pelo FBI de grupos de hacker’s para uma vasta soma de atividades ilegais, para isso, no entanto, e com o apoio especial do FBI, os membros do grupo são ameaçados de processos criminais, uma chantagem para torná-los “espiões”; e isso são apenas gotas no imenso oceano de vigilância contra o povo americano. O significado destas atitudes é simples: o repúdio e a implícita condenação das liberdades civis, o que torna difícil para os Estados Unidos mostrar as mãos limpas ao acusar a China. Em sua conferência para a imprensa na segunda feira (12 de maio) Holder cai no velho clichê “todas as nações recolhem inteligência” excetuando e isolando porém a espionagem econômica como uma espécie diferente de espionagem, e assim “faz(endo) esse caso ser diferente dos outros.”

Mostramos aqui o artigo escrito por Keith Bradsher no New Yor Times, “para as companhias americanas que desafiam a China, existe o risco de uma represália digital,” (20 de maio), indica que os Estados Unidos enfrentam mais uma demanda por retratação que um jogo sujo recíproco (o recorde dos Estados Unidos em ciberespionagem) e está recuando. Assim, respondendo à acusação do Departamento de Justiça (DOJ) o governo chinês através de seu Ministro da Defesa, por um comunicado à imprensa, jogou as acusações na cara dos Estados Unidos na terça feira (13 de maio): “A China exige que os Estados Unidos dêem uma explicação clara sobre seus roubos através da internet, fazendo escutas e monitorando atividades e que pare imediatamente com essas práticas.”
Outras nações atacadas não são tão diretas. As relações sino-americanas estão evidentemente rolando ladeira abaixo. (Os Estados Unidos estão com seus sentimentos feridos? Improvável. EUA são impermeáveis ao insulto, e ainda mais aos pedidos para que interrompam qualquer atividade, seja ela um bombardeio maciço em áreas de selva, ou demonstrações de “choque e terror” em áreas urbanas.) A visita de Putin à China nos dois últimos dias, aplacando as tensões entre os dois poderes, faz com a ladeira por onde caem as relações sino-americanas ainda mais íngreme e escorregadia – e ainda mais potencialmente perigoso o staff militar dos Estados Unidos e suas possíveis reações.

Um artigo de Jane Perlez no NYT “China and Russia Reach 30-year gás Deal” (21 de maio) em uma sentença de abertura resume e captura a imagem da mudança da paisagem política mundial (para o jornal The Times um desenvolvimento talvez infeliz, mas para o resto do mundo, fora da órbita dos Estados Unidos, trata-se de ao menos uma pequena lufada de ar respirável)”China e Rússia assinaram um acordo de 400 bilhões de dólares nesta quarta feira, o que dá a Moscou um megamercado para seu principal produto de exportação, reunindo e aproximando as duas poderosas nações apesar de sua acidentada história de alianças e rivalidades, para tentar deter a grande influência mundial dos Estados Unidos e da União Europeia.”

O que deve ser dito, além das óbvias consequências da reaproximação, tanto para o incremento da capacidade industrial da China quanto para a satisfação de parte de suas necessidades energéticas, é que colocou-se um chão sólido onde poderá pisar o eventual bloco comercial da Eurásia, mas principalmente que a Rússia tornou-se menos dependente da Europa como mercado para o seu principal produto, energia. Jogo de ganha-ganha para que se configure um mundo de poder multipolar. Perlez observa acuradamente que o episódio da Ucrânia levou a Rússia e a China e se juntarem.

“O impulso que faltava para que se concluísse o acordo da venda do gás entre Rússia e China, cujas conversações já duravam uma década, Foi o fato de que a Europa, principal mercado de energia de Moscou, impôs sanções à Rússia e buscava formas de reduzir sua dependência da energia russa, o que levou o presidente Putin a buscar com urgência meios que pudessem reduzir sua dependência do mercado europeu como principal consumidor de seu principal produto”.

Muda o jogo também em relação ao tamanho e estímulo ao projeto que exige “a construção de oleogasodutos e outras infraestruturas que custarão dezenas de bilhões de dólares em investimento”.


Posso até ouvir o ranger de dentes de elites/espertalhões da política americana, como Strobe Talbott, presidente da Brookings e presidente do Conselho Consultivo para Política Externa de Kerry, dizendo: “a cunha sino-soviética que havia entre os dois países e que os levou à beira de um conflito nuclear nos anos 60 foi dramaticamente sanada”. Ambos os lados lamentaram o unilateralismo exagerado dos Estados Unidos, suas ações no Iraque, etc., e estando Xi Jinping em pleno conhecimento do pivoteamento de Obama para o Pacífico como sua estratégia principal, tencionando enviar “recursos” militares para a região, contexto no qual a China visualizou o rearmamento japonês e agora, escreve Perlez “a linha dura no roubo cibernético” fizeram com que se juntassem, tornando a própria união plausível e real. Reação, certamente, para quando o poder hegemônico dá sinais de que dividir-para-conquistar não mais funciona, deixando o unilateralismo americano nu, o que quer dizer, sozinho no seu mister de dominação. Só. Cada vez mais magoado. Com normas já obsoletas, como se uma espécie de determinismo lógico definisse suas construções mentais e o bipartidarismo no exterior fosse como o da política doméstica.

São profundamente humilhantes para a China os cartazes de “procurados” e em consequência mais uma palha fornecendo combustível para a deflagração de uma possível guerra global. Não para o próprio bem, mas o comércio internacional atualmente está na primeira fila das considerações do poder, e tem importância tanto estratégica como politicamente. Bradsher novamente, com medo de que ocorra uma retaliação aos próprios ataques americanos: “Se a China começar a retaliar contra as empresas que se esforçam para seguir as regras de livre comércio [escreve um think-tank defendendo as empresas norte americanas em Hong Kong] como a acusação sugere, isso poderia permitir à China a criação de um sistema de comércio no qual a China teria mais liberdade para empreender suas próprias políticas.” Estritamente proibido no paradigma dos Estados Unidos para o poder global. Assim, entramos em contato com um impasse histórico, a própria guerra cibernética tornando-se um joguete nas mãos das forças em ação. Como responderia então os Estados Unidos a uma nação que os ultrapassasse em investimento e produção industrial, deixando-a para trás? Sob o governo Obama, e para os candidatos dos dois maiores partidos, a resposta não é boa para essas nações, para a humanidade, para o mundo, e para nós mesmos, norte americanos.
Meu comentário no New York Times sobre o artigo de Keith Bradsher, na mesma data:

Muito absurdo para resposta. Os Estados Unidos estão engajados em espionar massivamente seus próprios cidadãos, plantou aparelhos de escuta contra líderes estrangeiros, e, como revelou recentemente o NYT, se utiliza do FBI para reunir informantes que tenham capacidade para ciberataques. Uau, é mais que o sujo falando do mal lavado, os Estados Unidos devem ocupar o lugar de honra, o mais alto do pódio na corrida pela hipocrisia, sobre esta questão de ciberespionagem. Depois de ter a pachorra de oferecer uma distinção safada pra justificar as próprias atividades, os EUA “assumem a posição de que só esteve espionando o mundo inteiro para recolher informações militares, políticas e econômicas... fundamentalmente diferente e menos ofensivo que espionar contra as liberdades civis e para ganhar vantagem comercial.” Leva o prêmio.

Espionagem é espionagem. Ponto. Só mesmo nos Estados Unidos a “vantagem comercial” é um crime pior que “reunir(indo) informações militares, políticas e de inteligência econômica.” O que isso me diz é que os Estados Unidos percebe claramente seu DECLÍNIO com uma potência política-econômica-ideológica, e portanto, está se voltando para o aumento de ações MILITARES na busca desesperada de manter – uma causa perdida em um novo mundo multipolar – sua hegemonia global unilateral. Por que em vez de se envolver em guerras, intervenções, mudanças violentas de regime (Ucrânia), etc, não pode simplesmente viver calmamente como um cidadão global?

Será por causa de uma histórica tendência – inserida no DNA da nação – para a xenofobia, conquistas, racismo, tudo combinado com certo fetichismo para a tecnologia? Snowden merece um lugar no alto do Monte Rushmore. (4) Obama, Holder, Clapper, Brennan, não servem sequer para montar um acampamento na base.


Norman Pollack – Information Clearing House
Norman Pollack é o autor de “The Populist Response to Industrial America” (Harvard) e “The Just Polity” (Illinois), Guggenheim Fellow e professor emérito de história na Michigan State University.

Tradução: Mberublue.


01-   A G Holder = Attorney General Holder (Procurador Geral)
02-   DOJ = Departamento de Justiça – Department of Justice
03-   PLA Unit 61398 – Código para, segundo o governo dos EUA, uma equipe de ciberespionagem chinesa, supostamente sediada em um prédio de 12 andares em Xangai, sede do Exército de Libertação Popular, unidade 61398.
04-   Monte Rushmore – pequena montanha rochosa onde estão esculpidos os rostos de quatro presidentes americanos, em Keystone, Dakota do Sul, EUA.


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