quinta-feira, 15 de maio de 2014



 14/5/2014, RIA Novosti (Rússia)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Sergey Lavrov - Ministro de Relações Exteriores da Rússia
MOSCOU – A Rússia será obrigada a tomar medidas retaliatórias, se o ‘'ocidente'’ mantiver sua política histérica de sanções – disse hoje o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

“Se o “ocidente” mantiver suas políticas absolutamente antiprofissionais e histéricas, teremos de considerar o que faremos como resposta” – disse Lavrov em entrevista em inglês, hoje (14/5/2014), à rede Bloomberg:

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Mas o ministro enfatizou que a Rússia não tem interesse algum em confrontações, e não vê vantagem alguma em repetir, como papagaio, o tipo de ação desnorteada e os desmandos que se veem do lado ocidental.

“Não estamos procurando briga e não queremos imitar os gestos zonzos e frenéticos que se veem em Washington, Bruxelas e outras capitais, a maioria dos quais, vale registrar, relutantes... frenéticos e relutantes” – disse Lavrov.

O diplomata russo também reclamou de que as ‘ameaças’ que têm chegado de Washington, e de outras capitais europeias, são lamentavelmente antiprofissionais, descoladas da realidade e movidas por um desejo pervertido de obter alguma espécie de vingança.

“Não acredito que essas sanções econômicas tenham sido considerada por profissionais, analisadas com seriedade. As discussões, como me parecem, são movidas por algum tipo de desejo de vingança, que é sempre péssima motivação política, não é pensamento objetivo profissional nem é recomendável a quem tenha de ganhar a vida na política real. Mas, sim, talvez obtenham alguma vingança, sei lá... – disse o ministro russo de Relações Exteriores.

“Se o ocidente, apenas porque deseja vingança, está disposto a queimar toda a própria reputação como parceiro confiável para toda a economia mundial... é problema deles, não nosso. E cabe a eles decidir. O mundo tem opinião diferente” – Lavrov acrescentou.

A Crimeia solicitou reunificação à Russia 
Depois da reunificação da Crimeia à Rússia, por solicitação da Crimeia, em meados de março, os EUA e a União Europeia puseram-se a criar sanções contra altos funcionários russos, congelando contas no exterior (em vários casos, congelaram contas inexistentes...) e impedindo-os de obter vistos de entrada nos EUA. 17 empresas russas também já estão nessas ‘'listas negras'’ da histeria norte-americana, e a histeria – além das listas – não param de crescer.

A Rússia começa a falar de sanções mais amplas, que podem vir a ser implantadas e atingirão setores chaves da economia ucraniana, se houver escalada militar na crise ucraniana, com ataques militares do governo da junta neonazista de Kiev contra população civil. Até agora, Moscou condenou as medidas, e chamou a política de sanções de “inapropriada e contraproducente”; Moscou também alertou os parceiros ocidentais contra o risco de as sanções gerarem “efeito bumerangue”.


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