sábado, 31 de outubro de 2015

Daesh pode derrubar jato de passageiros?    
Não.    
Por que diz que derrubou?    
Propaganda.           



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Tradução pelo Coletivo de tradutores da Vila Vudu         

O Estado Islâmico não tem capacidade para derrubar jato de passageiros, disse à RT o especialista em segurança Charles Shoebridge. Segundo os especialistas, os terroristas declararam-se autores do ataque para efeito de propaganda, como se estivessem "punindo" a Rússia por suas operações na Síria.


RT: Daesh diz que derrubou o jato de passageiros russo com um míssil. Mas eles têm realmente capacidade para isso?


Charles Shoebridge (CS): Não. Todos sabem que o Estado Islâmico não tem capacidade para derrubar avião que voasse àquela altitude, aproximadamente 10 mil metros. É a mesma altitude de cruzeiro do voo MH17 da Malásia Airlines que sobrevoava a Ucrânia.


Foi informado corretamente que o avião estava fora do alcance de quaisquer mísseis que os terroristas tenham na Síria. Em teoria, poderiam derrubar o avião por ato de sabotagem cometido ainda no aeroporto, por exemplo, com uma bomba a bordo. Mas as testemunhas e informações colhidas no local parecem ser muito claras, no sentido de que o cenário não foi esse. Por enquanto, a causa mais provável é falha técnica.


RT: E por que os terroristas se declarariam autores do que se viu lá?


CS: É consistente com o método de operação deles, não só do Estado Islâmico, mas de qualquer outro grupo terrorista em todo o mundo. Há também sites e canais de comunicação conhecidos por pertencerem a grupos terroristas. Qualquer um, pela internet e redes sociais, pode fazer declarações em nome do grupo.

Mas há razões para essa declaração, nesse caso. A declaração do Daesh pode ser vista como um 'revide' – é o que eles querem fazer crer que seria – contra o efetivo engajamento dos russos na Síria, contra os terroristas, em semanas recentes.


RT: Air France e Lufthansa disseram que não mais voarão sobre a Península do Sinai. O senhor acha que é exagero?


CS: Acho que ninguém pensaria nessa providência, se não houvesse o precedente do MH17. Se você lembra, a Ucrânia não fechou seu espaço aéreo, apesar do conflito armado no leste. E é compreensível que, ante o barulho que a mídia-empresa fez na divulgação do caso recente (com destaque, sempre, para o fato de o avião ser de empresa russa), algumas empresas de aviação adotaram medida preventiva e decidiram mudar seus planos de voo, nem tanto por temor de consequências jurídicas futuras, mas, principalmente, para tranquilizar os passageiros.




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