Você pode ser
aniquilado pela política externa desenvolvida por Alice e sua Gangue dos
Chapeleiros Loucos
por Joe Clifford
tradução mberublue
03 de junho de 2015 - "Information Clearing House" -
A
menos que os norte americanos comecem a prestar atenção à própria política externa
e às decisões insanas que estão sendo tomadas, serão todos aniquilados. Em
primeiro lugar, um pequeno estudo da situação totalmente irracional à qual as
decisões dos chefões acabaram por nos levar e depois uma visão de como nossa
vida está sendo colocada em risco por idiotas e dementes.
Uma
pequena síntese das atuais posições dos Estados Unidos no Oriente Médio é muito
simples de entender e seguir, facilmente compreensível. Tente. Estamos aliados
com nosso inimigo declarado, o Irã, contra o Estado Islâmico, o qual cresceu
através do caos que nós mesmos criamos com a invasão anterior do Iraque, que,
todos sabem, foi baseada em mentiras. Estamos também tentando derrubar o
Presidente Assad na Síria, onde lutamos ombro a ombro com grupos de jihadistas
financiados pela Arábia Saudita, à qual apoiamos contra os Houtis no Iêmem. A comunidade
Houti é a mais ferrenha inimiga da Al Qaeda – que preparou e executou o
incidente de 9/11 – enquanto isso, nosso melhor amigo, Israel, está aos beijos
e abraços com a Al Qaeda na Síria, e nosso outro melhor amigo, a Turquia, está
ajudando o Estado Islâmico. Está seguindo? Não parece o “samba do crioulo doido”?
Nos
dias atuais podemos ver que o Iraque se tornou um desastre perfeito, por causa
de vinte e cinco anos da política brutal de sanções absurdas impostas pelos Estados
Unidos. A guerra seguiu as sanções através de uma invasão do território do
Iraque e bombardeamento contínuo até o dia de hoje. O país desceu até os
portões do inferno só porque os Estados Unidos decidiram que o que o Iraque
necessitava era de mais armas. Estamos, portanto, mandando mais armas para o
Iraque, as quais serão usadas contra as armas que já tínhamos enviado para lá. Bem
inteligente, é ou não é?
Pensa
que está ruim? Então comece a pensar nos nossos “inimigos nº 1” adicionais e
nos povos que colocamos hodiernamente em nossas listas de extermínio. Para
complementar a luta que travamos contra a Al Qaeda e Estado Islâmico enquanto
tentamos derrubar Assad na Síria, ao mesmo tempo estamos de olho no Hamas e no
Hezbollah, ambos inimigos de Israel, mas que representam mais um parzinho de
guerras para nós. Ah! Não podemos esquecer dos 13 (treze!)
anos da Guerra ainda em andamento no Afeganistão que começou supostamente para capturar
os apoiadores de Bin Laden, e se tornou uma espécie de cruzada para derrotar o
Taliban, grande grupo que por sua vez tenta destronar o governo fantoche
instalado pelos Estados Unidos no Afeganistão. Nesse meio tempo, enquanto continuamos
a bombardear o Iraque, o Estado Islâmico está presente em virtualmente todo o
Oriente Médio, Assad ainda está governando a Síria, o Taliban está resistindo
muito bem no Afeganistão. Mas os idiotas que decidem dizem que temos que lutar
também contra o Boko Haram na Nigéria e contra os Houtis no Iêmem, sob ataque
de mais um de nossos melhores amigos, a Arábia Saudita, mesmo sabendo que os
Houtis são inimigos figadais da Al Qaeda. Assim, ao ajudar a Arábia Saudita
contra os Houtis, estamos na verdade ajudando a Al Qaeda no Iêmem. Está
entendendo até aqui??
Para acompanhar
tudo isso, fizemos um acordo na última semana, através do qual daremos a Israel
dois bilhões de dólares adicionais em armas, que serão usadas, penso eu, ou
contra palestinos em uma guerra qualquer no futuro ou contra o Irã. Aliás,
Israel não faz outra coisa a não ser pedir aos EUA que ataquem o Irã.
Atualmente,
estamos apoiando o mais novo ditador sangrento do Egito com 1,3 bilhões (ou
mais) de dólares em armamento. Ora, antes, apoiamos o ditador Mubarak por 30
anos... Ele finalmente caiu, na sequência de uma eleição democrática na qual o
Sr. Morsi foi eleito. Mas não ficou assim. Em seguida, Morsi foi também derrubado
por outro ditador, ao qual agora estamos apoiando. O atual ditador acaba de
sentenciar o antigo líder democraticamente eleito, Sr. Morsi, à morte. Mas esse
ditador é gente nossa, então fornecemos a ele armas e suprimentos militares
para que se mantenha no poder, e olhamos para o lado quando um líder
democraticamente eleito é sentenciado à morte. Entendeu??
Toda
essa morte e destruição foi desencadeada
após o incidente de 9/11. Os noecons nos mentiram friamente e o público foi
fisgado pelas mentiras e pelo apoio que a imprensa deu à malversação dos fatos
como um peixe pelo anzol. A imprensa, como sempre, nada mais fez que papaguear
as mentiras inventadas por Washington
sobre armas de destruição em massa que nunca existiram no Iraque. O Iraque
também foi falsamente acusado em relação aos fatos de 9/11. Essas mentiras
causaram a morte de milhões de pessoas. Sim, MILHÕES DE PESSOAS, mortas pelos
ataques militares dos Estados Unidos desde 9/11.
Muito bem,
as coisas estão meio confusas até agora, então vou fornecer uma informação crucial
que ajudará a esclarecer a situação. Quantas nações os Estados Unidos
bombardearam desde 9/11? Vou dar uma pista, já que é muito fácil perder a
conta... Quatorze!!
Bem.
Todas essas podem ser consideradas guerras menores, relativamente falando, mas
no atual estágio, Alice e sua gangue dos chapeleiros loucos estão arquitetando
duas guerras gigantescas. As decisões dos loucos estão colocando tanto China
quanto Rússia em uma camisa de onze varas da qual não existe escapatória. Tanto
Rússia quanto China estão sendo provocadas pelos Estados Unidos dentro de seu
próprio quintal. A OTAN acaba de completar recentemente seus “jogos de guerra”
ao lado da fronteira russa. Que tal isso como provocação? Ou estupidez? Pois a
provocação contra a Rússia segue, porque nós a estamos acusando de “interferência”
em relação a seu vizinho do lado, a Ucrânia; mas fomos nós, através da membro
da Gangue, Victoria Nuland, que orquestramos a derrubada de um líder
democraticamente eleito na Ucrânia só porque era pró Rússia. Foi quando a “senhora”
Nuland disse com todas as letras: “foda-se a União Europeia”, quando esta não
agiu tão rápido quanto ela queria no apoio rasteiro ao golpe de estado.
Enquanto isso, estamos mandando tropas para todos os Estados Balcânicos, mesmo
ao lado da Rússia, e estamos também forçando para colocar bases de mísseis no
entorno da Rússia, mas são os russos, temos dito, que estão insanamente
provocando e totalmente em pecado por sua “interferência” no seu vizinho do
lado. Você consegue entender??
Temos
tropas a 8000 quilômetros de casa, no quintal da Rússia e a estamos cercando de
mísseis. Você deve lembrar ou pelo menos deve ter lido sobre a Crise dos
Mísseis de Cuba, um evento que quase levou a uma guerra nuclear total, quando a
Rússia tentou instalar mísseis a 160 quilômetros da Florida. Sei...
Agora,
Alice e sua Gangue dos Chapeleiros Loucos dizem que a China está “interferindo”
e incomodando a gente, assim estamos provocando a China. Você pode perguntar: e
como eles estão “interferindo”? No “Mar do Sul da China”! Veja só, no “Mar do
Sul DA CHINA”! Pois então, na última semana mandamos aviões de espionagem para
um lugar que a China considera como seu território, ilhas no Mar do Sul da
China. Ali, tais aviões foram repetidamente instados pela China a sair, ou
então... Quase se foi às vias de fato. A China classificou a invasão dos
Estados Unidos como “provocativa” e chamou Washington às falas para que se
torne um pouco mais “racional”. Infelizmente, os tomadores de decisões nos
Estados Unidos não são racionais. São doidos, e enquanto promovem guerras ao
redor do mundo inteiro, estão agora a colocar a Rússia e a China em um beco sem
saída. Todos sabemos o que acontece quando se encurrala alguém.
Milhões
podem perecer a menos que você se interesse pelo que estão fazendo esses
imbecis, esses dementes safados. Trata-se da sua própria vida. Preste atenção.
A coisa está saindo totalmente do controle. Não é por menos que uma pesquisa
levada a efeito em 65 países apontou os Estados Unidos como a maior ameaça
atual à paz mundial.
Joe
Clifford - vive em Rhode Island e escreve há anos para vários jornais artigos
sobre política externa. Os artigos por ele escritos colocam em xeque, de forma
provocativa, nosso senso embotado de realidade.
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